15 de fevereiro de 2008

Pra rir um pouquinho!

O TELEGRAMA

Juvenal estava desempregado há meses. Com a resistência que só os brasileiros têm, o Juvenal foi tentar um emprego em mais uma entrevista.. Ao chegar no escritório, o entrevistador observou que o candidato tinha exatamente o perfil desejado, as virtudes ideais e lhe perguntou: - Qual foi o seu último salário? - "Salário mínimo", respondeu o Juvenal. - Pois se o Sr. for contratado ganhará 10 mil dólares por mês! - Jura? - Que carro o senhor tem? - Na verdade, agora eu só tenho um carrinho pra vender pipoca na rua e um carrinho de mão!- Pois se o senhor trabalhar conosco ganhará um Audi para você e uma BMW para a sua esposa! Tudo zero!- Jura? - O senhor viaja muito para o exterior?- O mais longe que fui foi pra Belo Horizonte, visitar uns parentes... - Pois se o senhor trabalhar aqui viajará pelo menos 10 vezes por ano, para Londres, Paris, Roma, Mônaco, Nova Iorque, etc. - Jura?- E lhe digo mais... o emprego é quase seu. Só não lhe confirmo agora porque tenho que falar com o meu gerente. Mas é praticamente garantido. Se até amanhã (sexta-feira) à meia-noite o senhor NÃO receber um telegrama nosso cancelando, pode vir trabalhar na segunda-feira.

Juvenal saiu do escritório radiante. Agora era só esperar até a meia-noite da sexta-feira e rezar para que não aparecesse nenhum maldito telegrama. Sexta-feira mais feliz não poderia haver. E Juvenal reuniu a família e contou as boas novas. Convocou o bairro todo para uma churrascada comemorativa à base de muita música. Sexta de tarde já tinha um barril de chopp aberto.

Às 09:00 horas da noite a festa fervia. A banda tocava, o povo dançava, a bebida rolava solta. Dez horas e a mulher do Juvenal, aflita, achava tudo um exagero. A vizinha gostosa, interesseira, já se jogava pra perto do Juvenal. E a banda tocava! E o chopp gelado rolava! O povo dançava!

Onze horas, o Juvenal já era o rei do bairro. Gastara horrores para o bairro inteiro encher a pança. Tudo por conta do primeiro salário. E a mulher, resignada, meio aflita, meio alegre, meio boba, meio assustada. Onze horas e cinqüenta e cinco minutos... Vira na esquina buzinando feito louco uma motoca amarela... Era do Correio! A festa parou! A banda calou! A tuba engasgou! Um bêbado arrotou! Uma velha peidou! Um cachorro uivou! Meu Deus, e agora? Quem pagaria a conta da festa? - Coitado do Juvenal!, era a frase mais ouvida. Jogaram água na churrasqueira! O chopp esquentou! A mulher do Juvenal desmaiou! A motoca parou! - Senhor Juvenal Batista Romano Barbieri?- Si, si, sim, so, so, sou eu...A multidão não resistiu: - OOOOOHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!- Telegrama para o senhor... Juvenal não acreditava... Pegou o telegrama, com os olhos cheios d'água, ergueu a cabeça e olhou para todos. Silêncio total. Respirou fundo e abriu o telegrama. Uma lágrima rolou, molhando o telegrama. Olhou de novo para o povo e a consternação era geral. Tirou o telegrama do envelope, abriu e começou a ler. O povo em silêncio aguardava a notícia e se perguntava: - E agora? Quem vai pagar essa festa toda? Juvenal recomeçou a ler, levantou os olhos e olhou mais uma vez para o povo que o encarava... Então, Juvenal abriu um largo sorriso, deu um berro triunfal e começou a gritar eufórico. - Mamãe morreeeeuuu! Mamãe Morreeeeuuu!!!!!!!

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